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O grupo Geração Bugiganga adaptou para o teatro meu primeiro livro: Por trás das cortinas. Com um frio no estômago, sentei numa das cadeiras do Municipal de São Leopoldo. Confesso que estava bem nervoso, afinal, aquele texto tão meu, de repente, criou um pouco mais de asas. É interessante sentir-se assim. A escrita para mim é algo ainda novo. Estou experimentando e aprendendo muito. Tenho consciência de que a estrada é longa, até alcançar, de longe, a arte daqueles e daquelas que mais admiro. E são tantos... Toda vez que leio um texto que me faz perder o fôlego, penso: será que um dia vou escrever assim? Então, de repente, quando fiquei sabendo que o livro seria encenado... Surgiu certa apreensão.
E a luz foi ficando mais branda, a atmosfera tornando-se espera e a história começou a ser contada. Os jovens atores interpretaram o tema que, na minha opinião, não pode ser esquecido e nem subestimado: o escuro de uma época em que manifestar-se era risco de vida. O tempo sombrio da ditadura militar brasileira. Depois dessa experiência, sinto que meu texto se encheu de valor. Obrigado, Geração Bugiganga e Marcelo Schneider.
